Adam Wild




Pouco mais de 150 anos atrás, a ignorância da humanidade sobre o seu passado e sobre suas origens se resumia a um punhado de textos antigos de autores gregos e romanos e às especulações não muito fundamentadas de filósofos e religiosos.

Mas durante o século dezenove, um punhado de aventureiros interpridos se lançou em busca das respostas ao redor do mundo. Geralmente patrocinados pela Real Sociedade Geográfica de Londres, homens como Layard, Schiemann e Livingstone revelaram ao resto do mundo grande parte da sua históra passada e lugares e sociedades humanas até então desconhecidas.

É nesse ambiente efervescente do final do século XIX que se movimenta o personagem de Adam Wild, esplorador escocês, membro da já citada Real Sociedade Geográfica. Mais que um estudioso ou especulador de gabinete, Adam é um homem de ação e os seus métodos e a sua rebeldia não lhe garantem a simpatia dos vetustos senhores da Real Sociedade Geográfica, o que traz grandes dificuldades para obter financiamento para suas expedições.

Mas isto não o impede de agir. Não hesita em arriscar a vida em  empreendimentos cheios de perigo que colocam à prova a sua capacidade. É um defensor tenaz dos povos nativos, submetidos aos perigos devastadores do modelo civilizatório levado pelos europeus à África e à Ásia: escravidão, extermínio da vida animal, exploração dos recursos minerais e vegetais e destruição do rico legado cultural mantido de geração em geração durante séculos pelas populações nativas.